sexta-feira, 27 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Mito de Sísifo ( Castigo dos Deuses)
Mito de Sísifo ( castigo dos deuses)
Problemas solucionados voltam com outra face
Acêrtos , súbito, se desacertam
As contas, faço e refaço,
Pago-as e reaparecem,
Os papéis, descubro- os e depois somem.
Se o mesmo acontecer aos outros gestos,
Se gentilezas que levo ao mundo,
Ou o amor que sinto por tantos,
Carinho e afagos que reservo a alguns,
Retornarem, como as agruras,
Nem me incomodo em ser Sísifo,
Neste momento de minha vida
Problemas solucionados voltam com outra face
Acêrtos , súbito, se desacertam
As contas, faço e refaço,
Pago-as e reaparecem,
Os papéis, descubro- os e depois somem.
Se o mesmo acontecer aos outros gestos,
Se gentilezas que levo ao mundo,
Ou o amor que sinto por tantos,
Carinho e afagos que reservo a alguns,
Retornarem, como as agruras,
Nem me incomodo em ser Sísifo,
Neste momento de minha vida
sábado, 21 de abril de 2012
Vida Nova
Desafios não falham um dia,
Sejam do direito ou do afeto,
Sejam dos que amamos ou de quem não nos quer.
Acordo com novas tarefas,
Não posso permitir que me emburreça a burocracia,
Ou que me entristeça a hipocrisia,
Que se desfaça a visão do mundo,
De encanto e poesia,
Que me construiu e acompanhou.
Amanheço para nova vida,
Não pedi para vivê-la só,
Mas exige de mim o destino
A força e a determinação
Da mulher jovem que já não sou.
Com empenho reúno as forças,
( não imaginei que as tinha)
E, engolindo sapos,
Mato, por dia, um leão.
Nascendo para outra vida
Descubro também que sou livre,
Pronta para o que der e vier.
Sejam do direito ou do afeto,
Sejam dos que amamos ou de quem não nos quer.
Acordo com novas tarefas,
Não posso permitir que me emburreça a burocracia,
Ou que me entristeça a hipocrisia,
Que se desfaça a visão do mundo,
De encanto e poesia,
Que me construiu e acompanhou.
Amanheço para nova vida,
Não pedi para vivê-la só,
Mas exige de mim o destino
A força e a determinação
Da mulher jovem que já não sou.
Com empenho reúno as forças,
( não imaginei que as tinha)
E, engolindo sapos,
Mato, por dia, um leão.
Nascendo para outra vida
Descubro também que sou livre,
Pronta para o que der e vier.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Ovo
Puxei sobre a pele enorme manto
De pontos de dor
Silêncios e abismos
Cotidianos vazios
As chuvas grossas chegaram
E gelaram os quatro cantos do mundo
Lavaram das almas os sonhos
E as sementes da terra
Meu corpo sob a trama
Se encolheu, enrolou,
Como um frágil, delicado
Ovo sem ninho
De pontos de dor
Silêncios e abismos
Cotidianos vazios
As chuvas grossas chegaram
E gelaram os quatro cantos do mundo
Lavaram das almas os sonhos
E as sementes da terra
Meu corpo sob a trama
Se encolheu, enrolou,
Como um frágil, delicado
Ovo sem ninho
Considerando...
Nadava, outrora, de braçadas,
No mar de minha juventude.
De peito aberto enfrentava tormentas
E desfrutava calmarias
Com a idade chegou a prudência
Ando devagar, olho pro chão.
Mas, se não puder acompanhar nos céus
O movimento das nuvens,
Ou subir em árvores, enroscar-me nos galhos,
Se não puder entregar-me às selvagens alegrias,
De dias e noites coloridas,
Pelos amigos, e pela leveza que nos acompanhava,
Ou aos risos fáceis do nonsense,
Perder a razão, simplesmente ser,
De que vale viver?
No mar de minha juventude.
De peito aberto enfrentava tormentas
E desfrutava calmarias
Com a idade chegou a prudência
Ando devagar, olho pro chão.
Mas, se não puder acompanhar nos céus
O movimento das nuvens,
Ou subir em árvores, enroscar-me nos galhos,
Se não puder entregar-me às selvagens alegrias,
De dias e noites coloridas,
Pelos amigos, e pela leveza que nos acompanhava,
Ou aos risos fáceis do nonsense,
Perder a razão, simplesmente ser,
De que vale viver?
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