terça-feira, 2 de março de 2010

CRIAÇÃO



À noite crio e construo
Com a mente e os olhos voltados para as centelhas da escuridão
Formas aladas
Muros vazados
Terras bordadas, cravejadas
Das cores e do brilho fantasma
Que insistem em habitar a minha imaginação


De dia, como uma formiga,
Cumpro, obediente, o meu destino,
Molho os meus papéis com os azuis dos muitos céus
Armo esqueletos com cipós
Amarro e penduro as pedras do meu caminho
Brinco com o barro como menina
E fio os fios do chorão

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