quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Casulo II
Enrolo-te no emaranhado de fios
Labiríntica trama
Para que jamais encontrem a ponta
De branco e brilhos te visto
Da sagrada névoa da vida e da morte
Para que não desvendem teu mistério
Mas, como estrangeira em terras alheias
Viro do avesso tuas entranhas
Acesso teu cerne, teu centro,
Porque esta é a minha busca
Labiríntica trama
Para que jamais encontrem a ponta
De branco e brilhos te visto
Da sagrada névoa da vida e da morte
Para que não desvendem teu mistério
Mas, como estrangeira em terras alheias
Viro do avesso tuas entranhas
Acesso teu cerne, teu centro,
Porque esta é a minha busca
sábado, 12 de novembro de 2011
Chuva
Da terra o perfume silvestre
Folhas de temporais enxarcadas
Lírios do vale pisoteados
A exalar doces feridas
Altivos eucaliptos molhados
Derramam generosas gotas de prata,
Oxigenam, purificam
Nossos ares poluídos
Nuvens prenhes e inchadas
Ao chorar tantas mágoas,
Lavam as flores, as dores,
Feritlizam corpos estéreis.
Folhas de temporais enxarcadas
Lírios do vale pisoteados
A exalar doces feridas
Altivos eucaliptos molhados
Derramam generosas gotas de prata,
Oxigenam, purificam
Nossos ares poluídos
Nuvens prenhes e inchadas
Ao chorar tantas mágoas,
Lavam as flores, as dores,
Feritlizam corpos estéreis.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
A Visita
Desvalido
Pássaro perdido
Bate as asas contra o vidro
Tantas penas
A perder
A cumprir
O espaço não alcança
Insiste na mesma dança
Cego de medo e dor
... e tudo ali ao seu alcance.
De repente a visita
A lucidez madura
O olhar das profundezas
Nas palavras,
Da alma a beleza
Sem pressa
Em busca da verdade
Nossa, de artistas.
Andamos pelas mesmas terras
Cada qual à sua moda
Agraciados ou condenados.
Antigo destino esse
De conquistas poucas
Glória nenhuma
Mergulho profundo
Abriu-se a janela
Pequeno pássaro
Sentiu que o ar enchia-lhe os pulmões
Preparou-se para o vôo.
Pássaro perdido
Bate as asas contra o vidro
Tantas penas
A perder
A cumprir
O espaço não alcança
Insiste na mesma dança
Cego de medo e dor
... e tudo ali ao seu alcance.
De repente a visita
A lucidez madura
O olhar das profundezas
Nas palavras,
Da alma a beleza
Sem pressa
Em busca da verdade
Nossa, de artistas.
Andamos pelas mesmas terras
Cada qual à sua moda
Agraciados ou condenados.
Antigo destino esse
De conquistas poucas
Glória nenhuma
Mergulho profundo
Abriu-se a janela
Pequeno pássaro
Sentiu que o ar enchia-lhe os pulmões
Preparou-se para o vôo.
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