quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Visita

Desvalido
Pássaro perdido
Bate as asas contra o vidro
Tantas penas
A perder
A cumprir
O espaço não alcança
Insiste na mesma dança
Cego de medo e dor
... e tudo ali ao seu alcance.

De repente a visita
A lucidez madura
O olhar das profundezas
Nas palavras,
Da alma a beleza
Sem pressa
Em busca da verdade
Nossa, de artistas.

Andamos pelas mesmas terras
Cada qual à sua moda
Agraciados ou condenados.
Antigo destino esse
De conquistas poucas
Glória nenhuma
Mergulho profundo

Abriu-se a janela
Pequeno pássaro
Sentiu que o ar enchia-lhe os pulmões
Preparou-se para o vôo.

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