quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


Casulo


Com o coração pulsante,
Enrolado nos fios da memória,
Nas asas da imaginação
Adormece o artista.

Em negro veludo
E ritmado silêncio,
Por noites sem luas
E dias sem fim
Sonha os sonhos da transformação

Até que o vento balance
A casca tão fina
E a luz penetre
Sua transparente crisálida,
Permitindo que se rompa
E dê início à vida.

Surge a obra.
E com alma, olhos e mãos se completa,
Em sua singularidade e vida própria.


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